Máscaras e bandeiras: populismo, cidadanismo e protesto global

“…os protestos de 2013 foram um marco inconteste na vida política brasileira. Quase dez anos depois, muitos dos temas e das chaves interpretativas que pautam nossas discussões cotidianas emergiram naquele momento”

Descrição

Autor: Paolo Gerbaudo

De acordo com Nina Santos, pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital, da Universidade Federal da Bahia, e autora do prefácio, os protestos de 2013 foram um marco inconteste na vida política brasileira. Quase dez anos depois, muitos dos temas e das chaves interpretativas que pautam nossas discussões cotidianas emergiram naquele momento.

Em Redes e Ruas: mídias sociais e ativismo contemporâneo, publicado pela editora Funilaria, Paolo Gerbaudo reflete sobre como as ações em mídias sociais deveriam ser consideradas como complementares a ações face a face, podendo gerar novas formas de proximidade e novos formatos de interação. A ênfase de Gerbaudo nessa conexão entre digital e social foi certamente pioneira no cenário tanto da comunicação como das ciências sociais de forma mais ampla. Para defendê-la, o autor se coloca em debate com o conceito de “rede”, de Castells, e aquele de “enxame”, de Negri, considerando-os insuficientes para dar conta dessa dimensão da territorialidade do fenômeno.

Todo esse caminho argumentativo se consolida em Máscaras e bandeiras: populismo, cidadanismo e protesto global. Essa conexão intensa entre digital e social toma forma nesta nova obra, na qual o neoliberalismo e o populismo ocupam lugar central na análise dos protestos. A máscara e a bandeira servem de símbolo para o que ele identifica como “as duas principais orientações políticas – neoanarquismo e populismo de esquerda – que se encontraram, se misturaram e se chocaram nos movimentos de 2011 a 2016, dando lugar à ‘nova política’ do cidadanismo”. O autor valoriza essa tomada de protagonismo dos cidadãos na busca de (re)colocar a cidadania no centro da vivência democrática sem, no entanto, fugir do debate sobre as contradições intrínsecas a esse processo que ele chama de “cidadania auto-organizada”.

Passados cinco anos da publicação original, a obra esbanja atualidade. Ela nos ajuda a avançar tanto na compreensão de conceitos e elementos cruciais para entender a realidade contemporânea, como também na construção de uma cidadania ativa e inclusiva que fortaleça as sociedades democráticas. Em tempos de desamparo político e social, buscar entender e aprofundar experiências inovadoras, interessantes e democratizantes é, sem dúvida, essencial, e esta obra é magnânima neste sentido.

 

  • Prefácio por Nina Santos (UFBA)
  • Introdução
  • Movimentos na crise do neoliberalismo
  • Anarquismo, Populismo, Democracia
  • Os 99% e o Cidadão Indignado
  • Do Global ao Nacional
  • Mídias Sociais e Mobilização Cidadã
  • O Acampamento e a Ágora
  • O Parlamento Popular
  • O Assalto às Instituições
  • Conclusão

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Título do livro:

Máscaras e bandeiras: populismo, cidadanismo e protesto global

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