Bakunin, o Satã da Revolta

Acusaram a tese de Bakunin de ser utópica: a experiência mostra que à de Marx faltava totalmente o senso de realismo.

Descrição

Retomem os textos acima de Lenin e Engels: tudo, absolutamente tudo nesses textos é contradito pela realidade: o Estado não definhou, desenvolveu-se monstruosamente, o aparelho policial e militar ultrapassa aquele dos países capitalistas, as liberdades mais elementares já não existem para os operários, a casta privilegiada dos dirigentes, dos “aparatchiki”, dos funcionários do Partido Comunista recebe remuneração bem superior ao salário operário. Em nome do marxismo-leninismo tomou-se, em toda parte, o contrapé do marxismo-leninismo!

E verdade, os trotskistas sustentam que houve desvio e acusam o stalinismo, a burocracia. Evocam melancolicamente os Sovietes em seus começos e, com efeito, tudo se reduz a essas questões: todo Estado pretensamente transitório, toda ditadura pretensamente momentânea não resultam fatalmente na criação de uma casta de privilegiados que restauram em seu proveito os abusos destruídos e trabalham para eternizar os privilégios adquiridos? E, ainda: a máquina desse novo Estado não age sempre para tornar-se cada vez mais indispensável e aumentar a cada dia a complicação de suas engrenagens?

A evolução da revolução de 1917, o exemplo da China e das repúblicas populares permitem responder: sim, a essas duas questões. É preciso conhecer bem pouco os indivíduos para crer que uma nova classe de dirigentes e ricos tem a vocação do definhamento e do suicídio! Acusaram a tese de Bakunin de ser utópica: a experiência mostra que à de Marx faltava totalmente o senso de realismo.

JEAN BARRUÉ

R$50,00

Em estoque

Pague parcelado sem cartão com Mercado Pago

Título do livro:

Bakunin, o Satã da Revolta

Compartilhe o que é bom: