Descrição
Em Caças ao homem, o filósofo francês Grégoire Chamayou reconstrói a longa e brutal história das perseguições humanas — das caçadas a escravizados e indígenas nas antigas sociedades até as atuais políticas de fronteira, policiamento e exclusão.
O autor mostra como a figura da “caça” atravessa a organização social e política: do soberano que persegue seus súditos, às expedições coloniais que subjugaram povos inteiros, até o braço policial do Estado moderno, que captura, vigia e elimina aqueles marcados como indesejáveis.
Ao investigar o que chama de poder cinegético, Chamayou revela que a caça não é apenas metáfora, mas uma técnica real de dominação que molda instituições, práticas jurídicas, tecnologias militares e dispositivos de vigilância. Com força narrativa e rigor conceitual, o livro conecta filosofia, história, política e sociologia para pensar como a violência se organiza contra corpos tornados presas: pobres, estrangeiros, imigrantes, negros, judeus, dissidentes.
Mais do que um ensaio histórico, Caças ao homem é uma crítica contundente às formas contemporâneas de perseguição — do policiamento preditivo às matilhas de linchadores — e um convite a refletir sobre as relações entre poder, violência e resistência.
Sumário
a gestão cinegética entre pessoas (Acácio Augusto)
introdução
caça aos bois bípedes
Nemrod, ou a soberania cinegética
ovelhas sarnentas e homens-lobos
caça aos indígenas
caça aos peles-negras
dialética do caçador e do caçado
caça aos pobres
caçadas policiais
a matilha de caça e o linchamento
caça aos estrangeiros
caça aos judeus
caça aos homens ilegais
conclusão
post-scriptum
Sobre o autor
Grégoire Chamayou (França, 1976) é filósofo, pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) em Paris e do Instituto Max Planck, em Berlim. Doutor em epistemologia e história das ciências pela Universidade Paris VII, dedica-se ao estudo das relações entre guerra, violência, política e tecnologias de poder.
				
                    


