“Deixemos de lado a espera, as hesitações, os sonhos de paz social, os pequenos compromissos, a ingenuidade.
Deixemos de lado as grandes análises que explicam tudo até os mínimos detalhes, os enormes livros cheios de juízo e medo.
Deixemos de lado a ilusão democrática e burguesa da discussão e diálogo, do debate e da assembleia, das iluminadas habilidades dos chefes mafiosos.
Estamos certos de que nossoa luta, no aqui e agora, surgirão comunidades de prazer.
E pela primeira vez a Vida triunfará sobre a morte.”
Escrito em em 1977 durante às lutas dos anos de chumbo na Itália, o livro analisa a relação entre o uso das armas, as práticas insurrecionais e os grupos revolucionários da época. Um dos alvos centrais do livro é a forma pela qual alguns grupos guerrilheiros, sobretudo as Brigadas Vermelhas, partiam de uma renúncia do presente e das experiências de prazer em detrimento de estruturas militarizadas para alcançar uma revolução futura. Nova tradução do original em italiano, organizada pela Edições Insurrectas.
Com uma prática de libertação e destruição pode emergir de uma lógica de luta alegre, não de uma rigidez mortal e esquemática, dentro da doutrina de um grupo dirigente.
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