Queer, conheça Anarquismo, Anarquismo, conheça Queer

Queer é por definição o que quer que esteja em conflito com o normal, o legítimo, o dominante

Descrição

Muitos volumes foram escritos ao longo da história explicando o anarquismo, e o movimento já viu muitos períodos históricos de recuo e ressurgimento. Nós estamos vivendo num ressurgimento do interesse em ideias anarquistas no momento. É um tropo comum o de que depois da Batalha de Seattle em 1999 — quando uma coalizão livre de ambientalistas, sindicalistas, anarquistas, feministas e muites outres fecharam a conferência de World Trade Organization — o anarquismo tem visto um pouco de um renascimento, muitas vezes conectado com o movimento de antiglobalização/globalização alternativa. De forma similar, o movimento de Occupy Wall Street foi iniciado por anarquistas, entre outres, e teve um forte envolvimento anarquista. E a imprensa mainstream, em ambos os casos, muitas vezes demonizou anarquistas e espalhou desinformações sobre nós.

Além de um substantivo — mais um marcador de identidade — “queer” é frequentemente utilizado como um adjetivo. Em vez de uma descrição de quem uma pessoa é, nesse modo ele é tipicamente utilizado como posicionalidade. Isto é, queer pode ser visto como um relacionamento, como um antagonismo com a norma definido por um contexto. Halperin, talvez, descreve isso da melhor forma quando ele escreve, “Queer é por definição o que quer que esteja em conflito com o normal, o legítimo, o dominante. Não há nada a que ele se refere particularmente. É uma identidade sem uma essência. ‘Queer’, então, demarca não uma positividade, mas uma posicionalidade cara a cara com o normativo — uma posicionalidade que não é restrita a lésbicas ou homens gays, mas que está de fato disponível para qualquer pessoa que é ou se sente marginalizada por causa de suas práticas sexuais.” As expectativas normativas que existem na sociedade criam divisões binárias entre comportamentos considerados “normais” e “anormais”. Quaisquer comportamentos (ou desejos, pensamentos, etc.) que caiam na categoria rotulada “normal” são dominantes, inteligíveis, visíveis, e em muitos casos, poderosos. Outros comportamentos vão cair na categoria do “anormal” e se tornar subordinados, ininteligíveis, invisibilizados e suprimidos, reprimidos e oprimidos.

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Título do livro:

Queer, conheça Anarquismo, Anarquismo, conheça Queer

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