Descrição
Entrelaçando filosofia, psicanálise, história, arte e política, o autor questiona: quem cuida de quem, por quê e a que custo? Escrito no coração da pandemia de covid-19 e, na mesma medida, da ascensão do autoritarismo global, o livro expõe as contradições de uma ética corrompida e convoca para realizarmos uma refundação do cuidado, como gesto radical de justiça e de restituição social. A edição brasileira, apresenta o prefácio do artista e escritor brasileiro Ricardo Aleixo e mantém do original o poslúdio da romancista camaronesa Hemley Boum, e, com isso, aponta para a reflexão das urgências locais e das lutas afrodiaspóricas, reforçando a potência de um cuidado insubordinado: não como benevolência, mas como compromisso inadiável com a vida, contra a indiferença e os dispositivos de dominação coloniais que nos atravessam.
Bonaventure Soh Bejeng Ndikung nasceu em 1977, na cidade de Yaoundé, em Camarões, é curador, autor e biotecnologista. É diretor e curador-geral do Haus der Kulturen der Welt (HKW), em Berlim, além de fundador e ex-diretor artístico da SAVVY Contemporary, na mesma cidade, e diretor artístico do Sonsbeek, em Arnhem. É professor e chefe do corpo docente no programa de mestrado em estratégias espaciais da Weißensee Academy of Art Berlin. Também, curador-geral da 36ª Bienal de Arte de São Paulo (2025), Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática. Entre seus livros publicados estão An ongoing-offcoming tale: ruminations on art, culture, politics and Us/Others (Archive Books, 2022), Pidginização como método curatorial: brincando com linguagens e modos de fazer curadoria (Sternberg Press, 2023; GLAC edições, 2025, edição brasileira) e As artimanhas do cuidado (Archive Books, 2021; GLAC edições, 2025, edição brasileira).




