Descrição
A esperança de um grande final feliz machuca as pessoas. Ela serve de base para a dor que sentirão quando se desiludirem. Porque, honestamente, quem de nós acredita num final feliz hoje em dia? Quantas foram consumidas pelo esforço que implica se reconciliar com a fé cega de mudar o mundo com a realidade que nos cerca? No entanto, apesar de nos desiludirmos – com a revolução global, com nossa capacidade de parar as mudanças climáticas – isto não deveria alterar nossa natureza anarquista nem o amor que sentimos pela natureza como anarquistas. Ainda assim existem muitas possibilidades para a liberdade e o selvagem.
Quais são algumas dessas possibilidades e como podemos vivê-las? O que poderia significar ser anarquista, ecologista, quando a revolução global e a sustentabilidade socioecológica não são o objetivo principal? Que objetivos, que planos, que vidas, que aventuras permanecem quando deixamos de lado as ilusões e caminhamos pelo mundo já não padecendo a incapacitação gerada pela desilusão, mas sim livres de sua carga?
“Diferente de outras tentativas de vislumbrar o futuro, para além e aquém das utopias e distopias, “Deserto” traz uma visão bastante pé no chão das próximas décadas: será um caos. Na verdade, tão caótico quanto é hoje, só que um pouco menos reconhecível. As sociedades como as conhecemos se transformarão, algumas brechas se abrirão para a anarquia, em outras áreas o Estado e a vigilância ficarão mais fortes. Acima de tudo, o que me parece a grande intenção do livro se resume numa frase: “o mundo não será salvo”. A partir daí, o autor anônimo, que se define na primeira linha como “anarquista e amante da natureza”, desmonta completamente nosso senso comum ativista e ainda consegue apontar caminhos em meio ao colapso inevitável” A.N.A.
Deserto
Anônimx
Editora Subta
140 páginas, capa em papel colorplus de 180gr.