‘O Sonho curto dos Napëpë e a Pandemia’

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Descrição

Os brancos não sonham tão longe quanto nós. Dormem muito, mas só sonham consigo mesmos –
O prefácio é de Ailton Krenak

“O livro ‘O sonho curto dos napëpë’ invoca o pensamento yanomami, a partir da obra A queda do céu, de Davi Kopenawa (2015). Ele dialoga com a cosmovisão yanomami para dar conta de produzir uma crítica ao caminho errado que o Ocidente tomou há muito tempo e do qual parece estar tão convencido de ser o único possível que vem eliminando as formas de vida não humanas e humanas que não se engajaram nessa rota.”
“Nós precisamos olhar o nosso rastro, nesse percurso que veio a desembocar no Antropoceno, e identificar quantos desvios errados tomamos até aqui. O desvio mais equivocado parece ser este que nos fez esquecer de sonhar. Para escapar ao sonho curto, você precisa se soltar, você precisa ficar à toa e você precisa permitir que esse sonho chegue a você como um presente, não uma mercadoria, um outro artefato, um objeto para você consumir, mas como uma experiência de ser. Nós podemos afetar uns aos outros com o desejo de ser, de pertencer a um cosmos co-habitado por incontáveis outros seres.”
“Mas esse desejo tem de deslocar essa monocultura que se apodera de nossos sentidos e nos expõe a todo tipo de tragédia, seja ela uma pandemia, seja ela um golpe político ou a miséria que assola os povos em vários lugares do mundo. O que fundamenta essa monocultura é o fato de os humanos se acharem o sal da terra. Parece que os poetas e os profetas que andaram perdidos pelo deserto não se cansaram dessa ladainha do “sal da terra”. Mas eu estou aqui, na beira do Rio Doce, chapado de lama da mineração, tomando água de caminhão pipa e esperando que as pessoas aprendam a sonhar de novo. Para a gente sonhar junto com rios, sonhar junto com montanhas, para a gente ser, para a gente continuar existindo, a gente precisa parar de comer a Terra.”

Finalista do Prêmio Jabuti e prefaciado por Aílton Krenak,  ‘O sonho Curto’ nos convida para a acompanhar uma crítica da devoração de refúgios de humanos e outros terranos pela acumulação ou reprodução ampliada (e acelerada pela racionalidade neoliberal) de epidemias e pandemias no Antropoceno/Capitaloceno.

 

Rafael Afonso Silva estabelece um profícuo diálgo entre diferentes cosmociências, percorrendo uma travessia entre o conceito Yanomami de xawara – a fumaça da epidemia, tal como elaborado por David Kopenawa em ‘A queda do céu’, ao modo capitalista de produção de doenças de Rob Wallace em ‘Pandemia e Agrongócio’.

 

O livro conta ainda com uma sequência de extraordinárias ilustrações e charges dos artistas gráficos Batata Sem Umbigo e João da Silva.

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Título do livro:

‘O Sonho curto dos Napëpë e a Pandemia’

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