Descrição
Combinando sociologia, crítica cultural, filosofia e pornografia, Bourcier interroga o sexo como campo de luta, a representação como território de guerra, e o corpo como zona de autonomia. Contra o universalismo branco, a psicanálise normativa e o feminismo hegemônico, Bourcier propõe uma teoria viva — queer, trash e guerreira. Uma zona de gozo e luta.
Queer Zones 2: sexopolíticas é também um manifesto contra a domesticação do queer acadêmico, contra sua assimilação pelo liberalismo cultural. O autor resgata o queer como força de colisão — entre saber e corpo, entre desejo e linguagem, entre ativismo e teoria. Ao fazê-lo, reafirma a potência das zonas queer como espaços de experimentação coletiva, afetiva e epistemopolítica. Zonas onde ninguém é só homem ou só mulher, onde o privado é político, e onde o pornô também pensa.
Sumário
Dirty Talk
– Cultural studies e políticas da disciplina: talk dirty to me!
Arregace a Rep!
– Pequeno retrato da França pós-colonial: nada de bom na República de Banânia
– Sex and the city
Dominator contra Madonna (Novas questões pós-mulher)
– O “fim da dominação (masculina)”: gêneros, performances e pós-feminismo queer
– Material girls em guerra contra Madonna e “o queer”: o woman-identified lesbianismo radical na França de 2002 a 1980
Há vida após ejaculação facial: da histérica à puta pós-moderna
– Sexorcismos: Baise-moi, Charcot, O exorcista e as porn stars
– Mamada autoral: a nouvelle vague pornográfica francesa e seus intelectuais (com Jean-Pierre Léaud e Ovidie, Catherine Millet, seu marido e a imprensa toda)
Arregace seu gênero!
– O silêncio das butches
– Freaks, o retorno
Escrache a psi
– Escrache a psi: acharam o pau de Lacan!
Sobre e autore
Sam Bourcier é uma pessoa trans não binária, sociólogue e teórique queer radicade na França. Introduziu a teoria queer no contexto francófono e atua como pesquisadore, professore universitárie e performer, cruzando saberes acadêmicos, militância e experimentação estética. Sua obra articula crítica de gênero, sexualidade, psicanálise e política, com destaque para a trilogia Queer Zones, um marco nos debates sobre sexopolíticas e dissidência de gênero.





