Emma Goldman concedeu ao jornalista Joseph Walsh do Pathe News. Após um exílio de 15 anos, Goldman é entrevistada e fala sobre diversas temáticas, como o fascismo, o mundo do trabalho americano e a iminência de uma nova guerra. Emma Goldman (1869-1940) foi uma anarquista de origem russa que, em 1885, fugindo do autoritarismo moral de sua família judia, emigrou para Rochester, Estados Unidos da América. Inspirada pelo ideal daqueles que morreram na Revolta de Haymarket, Goldman muda-se para Nova York em 1892. Ali, conheceu Alexandre Berkman e se aproximou mais diretamente dos círculos anarquistas. Inicialmente, contribuiu no periódico Die Freiheit, no Die Autonomie e no Free Russia. Tornou-se, ainda em finais do século XIX, oradora pública conhecida, realizando palestras por diversas regiões. Entre 1893 e 1895, cumpriu pena na Blackweel’s, sob a acusação de incitar a desordem. Em 1906, fundou a revista Mother Earth. Em 1910, publicou “Anarchism and Other Essays”. Devido suas críticas a Primeira Guerra, é presa e, posteriormente, deportada dos Estados Unidos, chegando na Rússia em 1919 e ali permanecendo até 1921. Em 1923, publica “My Disillusionment in Rusia”. Já em 1931, lançou sua autobiografia “Living My Life”. Durante a guerra civil espanhola, apoiou ativamente a luta antifascista. Faleceu em Toronto, Canadá, em 1940.
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