Descrição
A própria população é uma mercadoria no meio de um poder que é confundido com prazer. e ele gosta de escravizar pessoas e libertar os supostos escravos fora de si. Mas nenhum império pode impedir que uma entropia em potencial se multiplique onde um dispositivo de controle surge. Para isso, precisamos apenas ressuscitar a velha coragem de pôr os pés na área de indeterminação que nos une a qualquer ser e que nunca pertencerá à história. Um poder destituído do espetáculo metropolitano aguarda em outro uso dos corpos. a sensação de viver em um campo de concentração planetário obtém sua realidade mais intensa dentro da metrópole.
Diante de uma devastação total das formas de vida, o grito que continua ressoando dentro de nós é: para onde fugir? Habitando completamente, desenraizando territórios da administração capitalista mundial, construir comunas são os gestos revolucionários daqueles que pararam de esperar, que não acreditam nas “soluções” do planejamento urbano e de outras ciências governamentais, porque sabem que a geração de mundos não é um problema, mas uma necessidade vital que é assumida ou delegada ao opressor. Ser uma força histórica autônoma anda de mãos dadas com a miséria do atual estado de coisas e vice-versa.
Autoria:
conselho noturno não é um autor, coletivo ou organização. Sua existência – na órbita do Partido Imaginário – é apenas “ocasional”: seus membros limitam-se a se reunir em momentos de intervenção, porque a intervenção é uma consequência da escrita que eles concebem nesta era. Está situado naquilo que alguns ainda chamam de México, um país agora dividido em pedaços por anos de guerra civil legal travada pelo governo local contra o assim chamado “tráfico de drogas”. Mais do que uma coincidência com o plano de um Estado-nação, é o conhecimento do território em que se firma e toma partido: um mundo que se comunica e se liga a muitos outros mundos espalhados e em luta contra o mundo do capital. O livro Um habitar mais forte que a metrópole foi editado primeiramente no México e na Espanha por Pepitas de Calabaza, em 2018, e no mesmo ano na França pela Editions Divergences, somente em 2019 a edição brasileira pela GLAC edições é publicada.